Duas Palavras Sobre Depressão... e Talvez Uma Solução.

O que é uma depressão?

Em termos topográficos, uma depressão numa determinada superfície é basicamente um buraco, um vale ou uma fossa (ex: Fossa das Marianas).
E talvez por isso uma pessoa deprimida se refira ao seu estado como estando na fossa, num abismo ou, muito provavelmente no fundo do poço.

Por oposição, quando uma pessoa está no máximo da sua "saúde psicológica" diz que está "em alta", "na maior", "nas nuvens"... Isto é portanto o oposto duma depressão e aquilo que todos deveríamos desejar alcançar.

Uma outra forma de entender a depressão é perceber o que a provoca.

Ainda que em alguns casos a depressão se deva a um desequilíbrio químico ou a uma lesão física no cérebro, o que gerealmente provoca uma depressão é a existência de expectativas não alcançadas.

Ou seja, quando alguém tem expectativas em relação a algo que deseja para a sua vida. e sente que não vai conseguir alcançar esse objectivo, pode entrar em depressão. E por isso podemos dizer que, num certo sentido, toda a gente sofre de depressão. E isso é de certa forma "normal" ou, pelo menos, "banal".
Mas claro que nem toda a gente chega ao ponto de lhe chamar sequer uma doença. Seja porque se está demsaiado distraído a tentar alcançar outros objectivos ou, porque o objectivo falhado não era assim tão importante.

Portanto, uma depressão é a diferença entre as expectativas e a realidade.
Por isso, quando a realidade supera as expectativas não existe depressão.

Em muitas situações uma depressão só considerada como tal, quando um determinado problema acaba por afectar a capacidade da pessoa lidar de forma funcional com as restantes áreas da sua vida.

Que situações podem então levar a uma depressão?

Para responder a este ponto temos que perceber quais as coisas que são importantes para a vida das pessoas.
De uma forma genérica podemos resumi-las nestes 7 pontos:

SAÚDE - Alguém que por motivos físicos não consegue ter uma "vida normal". que está dependente de terceiros, sofre constatemente com dores, ou que enfrenta uma doença crónica e/ou mortal.

CARREIRA - Alguém que tem o sonho de ter um papel relevante na sua área de trabalho mas que por qualquer motivo se sente incapacitado de alcançar esse objectivo. Ou que não trabalha na área desejada. Ou cujas notas escolares estejam áquem do desejado.

AMOR - Alguém que não tem a relação que queria, ou que não consegue ter uma relação amorosa emocionalmente estável.

RELAÇÕES - Alguém que tem problemas com familiares ou amigos.

DINHEIRO - Alguém que tem problemas financeiros e que não consegue cumprir com as obrigações ou necessidades suas e/ou daqueles pelos quais se sente responsável.

REALIZAÇÃO PESSOAL - Alguém que sente que não consegue ter a vida que desejava em termos de liberdade de escolhas, contribuição familiar ou social e, em termos do significado do legado que deixará para outros após a sua morte.

LUTO - Alguém que faz o luto pela morte de alguém que considerava importante na sua vida.


Um problema em qualquer um destes pontos pode levar a um estado depressivo porque, de uma forma ou outra, todos eles estão relacionados.
Isso acontece porque todas as pessoas têm, em todos os momentos, uma "lista interna de prioridades".
E essa lista de prioridades muda ao longo do tempo, e à medida que os objectivos vão sendo alcançados.
Ou seja, se num determinado momento a prioridade da pessoa fôr construir ou desenvolver uma determinada área da sua vida, e ela sentir que existem demasiados obstáculos que não consegue ultrapassar, poderá entrar em depressão, na medida em que estiver mais ou menos focado nesse mesmo objectivo, e dependendo da importância percebida em o alcançar.

Se a importância atribuída a esse objectivo (ou ao luto) fôr moderada, ou estiver de certa forma "ao mesmo nível" que as outras áreas da vida da pessoa, é então possível "compensar" essa desilusão dedicando mais atenção às restantes áreas. E nesse caso a depressão é evitada.

Chama-se a isso uma vida "equilibrada".
Mas esse equilíbrio não é fácil de alcançar.

E não é fácil de alcançar porque:
1º É diferente para toda a gente
2º Nem toda a gente tem consciência das suas próprias prioridades
3º Dá trabalho, requer disciplina e é preciso método

Eis um método:
1- Decide mudar AGORA!

2- Numa folha de papel escreve todas as coisas que NÃO QUERES na tua vida

3- Numa outra folha de papel escreve TUDO aquilo que queres na tua vida, tendo como ponto de partida os seis pontos essenciais: Saúde, Carreira, Amor, Relações, Dinheiro e Realização Pessoal

4- Ordena estes objectivos por ordem de prioridades

5- Define um prazo para alcançar cada um dos teus objectivos

6- Adopta uma disciplina que te "obrigue" a dar pelo menos um passo por dia em cada um dos teus objectivos

7- Quando alcançares um objectivo comemora e define outro objectivo ainda mais ambicioso, ou escolhe algo igualmente estimulante.

Se uma depressão é a diferença entre as nossas expectativas e a realidade, a melhor forma de evitar ou sair de um estado depressivo é agir tão intensamente para atingir os nossos objectivos que essa diferença seja atenuada ou mesmo anulada.

Esta é a solução para a grande maioria das depressões que afectam a vida das pessoas:

- Mais Ambição
- Mais Energia
- Mais Acção

Faz sentido para ti?


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Comentários

Anónimo disse…
E é por isso que existem hoje em dia tantas pessoas deprimidas. Foi-lhes dito que deviam ser normais, confundir-se com "a média", seja lá isso o que fôr. Terem vidas banais, normais e CHATAS.

É então perfeitamente "normal" que as pessoas vivam aborrecidas, sem ambição, sem nada que as incentive a aperfeiçoar a sua realidade, sem energia e como consequência... deprimidas.
E que solução é oferecida em doses industriais? Antidepressivos. Drogas "medicinais".

As pessoas estão SEM ENERGIA, deprimidas e a melhor solução que encontraram foi dar-lhes... CALMANTES?!

As crianças não têm interesse nenhum em estar 24 horas fechadas em casa ou 8 horas sentadas a ouvir um " velho chato" nas aulas de matemática, querem ir jogar à bola ou à "apanhada", estão CHEIAS DE ENERGIA para trepar ás árvores, rastejar, saltar, correr...

E como por magia são promovidas a hiperactivas, medicadas com... CALMANTES!
Depois dizem-lhes que têm problemas desde os 8 anos de idade e "voilá", eis um adulto deprimido para o resto da vida.

Há aqui um padrão não?

SOLTEM AS CRIANCINHAS!!
...elas estão em todos nós.

Ruben