Tens Que Vender O Teu Peixe

Já todos ouvimos esta expressão popular. Mas qual o seu significado e como é que nos pode ser útil?

Ainda que a expressão possa ter tido origem num qualquer barco de pesca ou num mercado de peixe, o significado implícito nesta expressão é um pouco mais profundo e, contém em si uma verdade incontornável, a de que todos nós estamos constantemente a vender. 
Vendemos ideias. Vendemos tempo. Vendemos companhia. Vendemos atenção, soluções, etc… 

E muitas vezes recebemos na mesma moeda.

Em termos gerais estás a vender o teu peixe quando:
- Tentas convencer alguém da veracidade das tuas palavras, ideias ou acções

- Tentas convencer alguém a comprar a tua “história”, ou os teus produtos

Mas também sabes que, por vezes pode não ser verdade.
Por exemplo, quando vais a uma entrevista de emprego e explicas ao teu potencial empregador por que motivo és a melhor opção para preencher a vaga existente, “estás a vender o teu peixe”. E no fundo talvez saibas que existem muitas outras pessoas no mundo que, talvez possam desempenhar a função melhor do que tu.

E o teu ouvinte também sabe disso, mas como provavelmente não tem possibilidade de ter o melhor funcionário do mundo para aquela função, vai fazer de conta que acredita em ti. E vai dizer que aquela é uma oportunidade fantástica para ti porque, aquela é a “melhor empresa do mundo”.
Isto é ele a “vender o seu próprio peixe”. E tu tens que fingir que acreditas. 

Agora, o que ambos sabem que é verdade, é que precisam um do outro, e que estão dispostos a fazer o necessário para que esta troca favores, funcione para ambas as partes.

É assim que o mundo funciona. É assim que conseguimos amigos, noivos, boas relações familiares, empregos, funcionários, clientes, e todo o tipo de relações benéficas entre duas ou mais pessoas.
Vivemos num mundo económico. Sempre assim foi e sempre assim será. Se durante muito tempo a sociedade humana dependeu das relações sociais existentes no seio de pequenas comunidades para poder sobreviver, hoje, com populações de centenas, milhares ou milhões de indivíduos, isso não é menos verdade ou necessário.
Mas existem algumas diferenças. Noutros tempos reinava uma economia de colaboração e de trocas de produtos ou de mão-de-obra. Hoje, por motivos logísticos e de conveniência, reinam uma série de símbolos representativos de um determinado valor de troca. Ou seja, dinheiro.

Talvez um dia tenhamos uma outra forma de retribuição que inspire mais confiança ou uma ligação emocional mais próxima da nossa natureza social, mas até lá tens que continuar a vender o teu peixe. A tua felicidade depende disso.

Quem é que tu conheces que possa estar interessado(a) neste "meu peixe"?
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